VI Encontro de Poetas - 1996

Na sexta edição do evento continuamos a manter procedimentos dos anteriores, porém buscando sempre algo de novo que viesse a complementar e inovar o encontro. Foi um ano muito produtivo e de grandes alegrias. O tema trabalhado foi a Bossa Nova, só medalhões da MPB. E tendo como grande homenageado o meu mui querido amigo poeta J.B.Carpe Escarione. A poesia veio, acreditava que era para ficar, infelizmente em nosso município nada vai adiante, nada vinga porque as próprias pessoas que reclamam a falta de atividades colocam pás de cal nas realizações de poucos, enfim, mesmo assim dei seguimento por um longo período, vocês mesmos irão constatar. Infelizmente o evento contou com a presença de autoridades em muito poucos momentos, por incrível que pareça os secretários de Educação do Município nunca deram as caras com exceção do meu amigo Professor Sergio Luís da Costa que esteve secretário no mandato do Prefeito Mário Jorge Assaf. O meio de comunicação em alguns eventos pude contar com a divulgação do Jornal Serra de Cachoeiras.



Mensagem

A desigualdade das almas que vem a terra não procede de uma desigualdade de essência nem de uma vontade particular de Deus.
Sua razão está numa série mais ou menos longa de existências anteriores.

Autor: Francisco Cândido Xavier.



Relação de Poetas Participantes e suas poesias


Adolescência - Luciene Dutra Falcão
Amor - Nilza Gonçalves
A Ti, Mãe - Gilberto Leal
A Bastilha - Sergio Barcellos
Baú da Vida - Júlia de Leon
Chuva - Lourdes Mattos
Exílio - Rita de Cassia Tavares de Paz
Feliz da Mulher Feliz - Margareth Cardoso
Incógnita - Angela maria da Motta
Inspiração - Wagner Nogueira
Jesus - Virginia Bittencourt
Liberdade - Monalisa Costa
Mãe Abandonada no Asilo - Ilma Coelho Lopes
Minha vida - Daniel Tavares de Paz
Mostrando os seus valores - Hilma Lúcia Souza Tôrres
Mutação - Lecy Fonseca
Nas Cores do Arco-Íris -Waldyres Pires Ferreira
Não se preocupe com o que digam ao seu respeito,preocupe-se consigo mesmo -Dóris Dídimo Paulista
O Último Vôo do Último Goleiro - Flávio Nascimento
O Preço da Poesia - Alfredo Década
O Orvalho - Moacir da Conceição
Os Olhos de Fernanda Montenegro - Neylor Araujo
O Viajante - Irene
Paraíso Autêntico - Júlio Heleno
Poesia - Carlos Valladares
Quem me dera ser um poeta - Paulo Cezar de Melo Garcêz
Quinze anos de Emõções - Silvio Rodrigues da Silva
Reflexões - Belmiro Ferreira
Reviver - Belmiro Ferreira
Salmo - Silvio Francisco da Silva
Saudades de Mim - Geraldo Coutinho
Súplica - Manoel Macário Netto
Pedra do Colégio - Wanir Navega Braga
Princesa - Sylvia Ribeiro da Silva Medeiros
Terra Vermelha - Joana D'arc
Teu Retrato - J.B Carpe Escarione
Transmutação - Solange Ferreira Pinto Machado
Um Mundo Novo - Roberto Carlos de Souza Tôrres
Todo Amor a Cachoeiras - Irton Noé de Castro - Antonio Jorge C. Leandro
Sem Título - Geraldo Campos
Sem Título - Professor Campos
Sem Título - Oswaldo Rui Barbosa
Sem Título - Gabriel Nogueira Lemos
Sem Título - Liliane Salvino da Silva
Sem Título - Vicente Pereira
Solidão - Soraya Souza F. de Carvalho
Sem Titulo - Fernando Ruy Coelho Gomes


Agradecimentos

Maria do Carmo Coelho Barbosa - Local do evento e Som
Sergio Luís da Costa - Doação do papel ( P/ confecção do livro )
Grupo Filhos da Bossa Nova - Apresentação do evento
Jamerson Carvalho - Eterno apoio
Profª Marineise - Apresentação do evento
Hilma Lúcia Tôrres - Arrecadação de fundos para confecção do livro




Poesia ( Rita de Cassia Tavares de Paz )


Exílio

Para onde foram meus amigos?
Para onde foram meus irmãos?
Cadê os sorrisos límpidos,
E mãos estendidas?
E os ombros amigos dantes cabeças repousavam?
E por onde andam os corações abertos e sinceros,
Os corpos quentes e fraternos,
De abraços demorados e sensíveis?
E aquelas bocas que sussurravam palavras de amizade
E beijos espontâneos de irmandade.
E o olhar tão límpido que chegava
Confundir-se com riachos caudalosos que seguem
Seus caminhos serenos e tranquilos?
A Constatação: a morte, a perda e falência do ser humano.
Corações trancados, almas apagadas
pelo ódio, orgulho, desconfiança e egoismo.
No indivíduo o que de belo perdeu-se
Os toques tornaram-se arredios e desconfiados.
O amigo, o irmão estão do outro lado.
Ferozes robôs foram criados.
E o ser humano caminha só e desolado.
E o sonho maior,
De transformar a humanidade,
De encontrar a amizade em cada coração,
Ruiu num fosso negro e profundo
Onde perderam-se todas as ilusões.













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